A banda governamental
Na passada semana vários eventos marcaram a agenda politico-económica do governo português. Para que tudo corresse pelo melhor o governo optou por uma grande estratégia de comunicação. Tudo estava perfeitamente planeado até, sem o plano prever, os ministros escorregarem na tentação da respostas inflacionadas aos jornalistas e a banda do governo desafinar.
A banda começou a tocar na semana anterior. Por todos os jornais foi-se fazendo notar a campanha governamental da gestão de expectativas. Apareceram as noticias anunciando a suposta retoma da economia. (para perceber mais em pormenor – ver o artigo da semana passada – pompa sem circunstância).
Na segunda-feira 16, com um elevado apelo à tecnologia e mostrando que os membros do governo português também são gadjet boys, foi apresentada a proposta de orçamento de estado para 2007. Até Dezembro deste ano, aquando da sua votação, muito se dirá sobre aquele que é o reflexo, por excelência, da gestão financeira do dinheiro dos contribuintes. (Sobre o qual, após uma análise mais profunda, num próximo artigo apresentarei a minha visão).
A partir do momento da apresentação oficial começou a canibal vontade das televisões e jornais apresentarem comentadores, formatando à partida a nossa opinião sobre o orçamento. Quando todos os jornais apresentavam expessos suplementos sobre o orçamento e as televisões emitiam reportagens especiais o governo adicionou discretamente mais um ingrediente: portagens nas SCUT. Mais um dia e foi a vez da entidade para regulação do sector eléctrico (ERSE) anunciar um aumento dos preços sobre a eletricidade.
Sobre os anúncios foram apresentados s fundamentos. O timing foi politicamente perfeito. Sobre a justiça da utilização da agenda mediática em prol da governação com menos custos de informação ao cidadão, deixo a opinião ao critério de cada um.
Para que tudo corresse bem neste processo só não se esperavam as escorregadelas!
Tudo começou o discurso no dia 13 de Outubro: «a crise acabou» e vive-se um «ponto de viragem» na economia, porque já não se fala «em recessão e em investimento zero», disse Manuel Pinho.
Depois da notícia da ERSE é a vez do o comentário do secretário de estado da economia afirmando que a: «Culpa do aumento da electricidade é dos consumidores». Para melhorar ainda acrescentou no dia seguinte: «todos nós temos dias que nos correm bem e dias que nos correm mal», tentando justificar a forma como tinha falado aos portugueses.
O ministro da economia, para além de vir desautorizar a segunda autoridade reguladora em menos de um ano, tentou ainda justificar as derrapagens do seu ministério nas semanas anteriores com uma entrevista ao jornal Sol, este fim-de-semana (ver www.sol.pt).
Após esta derrapagem de comunicação, percebeu-se quem são, neste momento, os músicos que estão a desafinar a banda governamental.
A banda começou a tocar na semana anterior. Por todos os jornais foi-se fazendo notar a campanha governamental da gestão de expectativas. Apareceram as noticias anunciando a suposta retoma da economia. (para perceber mais em pormenor – ver o artigo da semana passada – pompa sem circunstância).
Na segunda-feira 16, com um elevado apelo à tecnologia e mostrando que os membros do governo português também são gadjet boys, foi apresentada a proposta de orçamento de estado para 2007. Até Dezembro deste ano, aquando da sua votação, muito se dirá sobre aquele que é o reflexo, por excelência, da gestão financeira do dinheiro dos contribuintes. (Sobre o qual, após uma análise mais profunda, num próximo artigo apresentarei a minha visão).
A partir do momento da apresentação oficial começou a canibal vontade das televisões e jornais apresentarem comentadores, formatando à partida a nossa opinião sobre o orçamento. Quando todos os jornais apresentavam expessos suplementos sobre o orçamento e as televisões emitiam reportagens especiais o governo adicionou discretamente mais um ingrediente: portagens nas SCUT. Mais um dia e foi a vez da entidade para regulação do sector eléctrico (ERSE) anunciar um aumento dos preços sobre a eletricidade.
Sobre os anúncios foram apresentados s fundamentos. O timing foi politicamente perfeito. Sobre a justiça da utilização da agenda mediática em prol da governação com menos custos de informação ao cidadão, deixo a opinião ao critério de cada um.
Para que tudo corresse bem neste processo só não se esperavam as escorregadelas!
Tudo começou o discurso no dia 13 de Outubro: «a crise acabou» e vive-se um «ponto de viragem» na economia, porque já não se fala «em recessão e em investimento zero», disse Manuel Pinho.
Depois da notícia da ERSE é a vez do o comentário do secretário de estado da economia afirmando que a: «Culpa do aumento da electricidade é dos consumidores». Para melhorar ainda acrescentou no dia seguinte: «todos nós temos dias que nos correm bem e dias que nos correm mal», tentando justificar a forma como tinha falado aos portugueses.
O ministro da economia, para além de vir desautorizar a segunda autoridade reguladora em menos de um ano, tentou ainda justificar as derrapagens do seu ministério nas semanas anteriores com uma entrevista ao jornal Sol, este fim-de-semana (ver www.sol.pt).
Após esta derrapagem de comunicação, percebeu-se quem são, neste momento, os músicos que estão a desafinar a banda governamental.
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